Atalaia / Necrópole da Atalaia

Necropolis - Bronze Age e Iron Age (1635)
A necrópole da Atalaia integra-se no Circuito Arqueológico da Cola, constituído por diversos monumentos megalíticos (Nora Velha 1 CNS 3894; Fernão Vaz 1 CNS 10731 e 2 CNS 10730), povoado calcolítico do Cortadouro (CNS 1652), necrópoles da Idade do Bronze e do Ferro (Nora Velha 2, CNS 7593, Alcaria 1 e 2, CNS 1075; CNS 11547, Vaga Cascalheira CNS 16488, Casarão CNS 10729, Pego Sobreiro CNS 1018) e os povoados da Idade do Ferro (Porto Lajes CNS 4077, Fernão Vaz CNS 3153) e o Castro da Cola (CNS 158) com ocupações medievais. O sítio da Atalaia localiza-se numa área aplanada, pontuada por cabeços suaves, nas imediações do Monte da Atalaia, a cerca de 2 km a noroeste do Castro da Cola. Este contexto funerário foi identificado e primeiramente escavado por Abel Viana no final da década de 50 do século XX, quando realizava campanhas de escavação no Castro da Cola. Nos anos 60, os trabalhos arqueológicos foram realizados por H. Schubart, no âmbito de um projeto de investigação. As intervenções mais recentes neste sítio estão relacionadas com a sua valorização, com a integração no Circuito arqueológico da Cola. Esta necrópole é formada por diversos núcleos de sepulturas de inumação individuais, que se vão aglutinando numa disposição tipo favos, enquadrando-se nas tradições funerárias do território Baixo alentejano. Estes núcleos eram constituídos por uma estrutura pétrea circular ou semicircular, construída com lajes de xisto e grauvaque, no centro da qual se encontra uma sepultura individual em fossa, de morfologia quadrangular ou retangular, escavada no afloramento rochoso. A partir do tumulus adossavam-se várias sepulturas em fossa de dimensões reduzidas. Não obstante, a escassez de vestígios osteológicos identificados, a maioria dos enterramentos seriam individuais, depositados em decúbito lateral ou fetal, sendo acompanhados por espólio, constituído principalmente por recipientes cerâmicos, cujo exemplar mais representativo são as taças tipo atalaia (taça de carena baixa com fundo plano ou em calote esférica e com parte superior troncocónica), alguns artefactos metálicos como punhais curtos de cobre com rebites e elementos de adorno (contas de colar de vidro, espirais de prata, anéis e contas de ouro). A disposição espacial das sepulturas, bem como as suas variações estruturais, métricas e de espólio permitem agrupá-las em núcleos, que evidenciam diferenças sociais e a sua utilização num ampla diacronia, enquadrada entre a Idade do Bronze e a Idade do Ferro.

Overview

O sítio tem condições de visita, estando integrado no Circuito Arqueológico da Cola, com informações disponíveis no Centro de Acolhimento do Castro da Cola e Posto de Turismo de Ourique.

Visit conditions

Free entrance associated with a museological structure

Timetables

Centro de Acolhimento do Castro da Cola: 01 de Maio a 15 de Setembro - 09h30 - 12h30 | 15h00 - 18h30. 16 de Setembro a 30 de Abril - 09h30 - 12h30 | 14h00 - 17h30. Encerra às terças e quartas-feiras de manhã, dia 01 de Janeiro, Domingo de Páscoa e dia 25 de Dezembro.

Contacts

Documents

    How to get there? Best practices

    Best practices

    Good practices when visiting archaeological sites

    To visit an archaeological site is to connect with our origins, to understand our path and evolution as a species integrated in the environment, and to respect and safeguard our heritage so that future generations can also visit and enjoy it.

    Walking the paths and enjoying the structures and archaeological pieces that survived over time, fosters the understanding of what is different, but also of what is common among different populations: basically, what identifies us as Homo Sapiens.

    More than just vestiges and ruins of the past, archaeological sites showcase our capacity for creative thought, adaptation, interconnection, comprehension and resilience. Without these traits we would not have been successful as cultural beings participating in an ongoing evolutionary process. These sites also allow to consider choices made in the past thus contributing for decisions in the present to be made with greater awareness and knowledge.

    Archaeological sites are unique and irreplaceable. These sites are fragile resources vulnerable to changes driven by human development. The information they keep, if destroyed, can never be recovered again.

    As such, the Directorate-General for Cultural Heritage (DGPC) invites all visitors to enjoy the beauty and authenticity of these sites, while helping to preserve them for future generations by adopting the following set of good practices:

    • Respect all signs; 
    • Do not try to access fenced areas; 
    • Do not climb, sit or walk on archaeological structures and remains; 
    • Respect areas where archaeological excavations are being carried out, not disturbing them; 
    • Do not collect materials or sediments;
    • Do not write or make graffiti on archaeological structures; 
    • Put the garbage in appropriate containers. If none exist, take the garbage with you until you find a suitable container; 
    • Leave the archaeological site as you found it; 
    • Do not drive bicycles or motor vehicles over archaeological sites; 
    • Respect and protect the plants and animals that live in the areas surrounding archaeological sites;
    • Report signs of vandalism or destruction to DGPC or Regional Directorates of Culture (DRC);
    • Share the visiting experience and the archaeological sites, as a way of raising awareness to their preservation and making them better known;
    • Do not buy archaeological materials and report to public security authorities, DGPC or DRC, if you suspect that archaeological materials may be for sale.

    Further information:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    DGPC contacts

    Phone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     


    4 Voted for this site