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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Acompanhamento
2012
Relatório Aprovado
27/02/2012
19/04/2012
O principal objectivo deste trabalho foi a minimização de impactes negativos que a obra poderia provocar em eventuais vestígios arqueológicos existentes, analisando a estratigrafia do subsolo a afectar, caracterizando estruturas e contextos arqueológicos, procedendo-se à sua salvaguarda pelo registo e elaborando-se como suma um relatório técnico final. Pretendeu-se também avaliar o potencial arqueológico e patrimonial do sítio a afectar, reunindo dados que permitam sustentar decisões futuras que visem compatibilizar projectos de obra com as necessidades legais de preservação do património.
Em acompanhamento verificaram-se três realidades distintas. A primeira corresponde ao pátio superior e às escadas laterais, onde se verifica uma estratigrafia bastante semelhante, sendo que a deposição das camadas acompanha o declive natural do terreno e poderá corresponder a aterros de origem antrópica para regularização do relevo, num momento anterior à construção do edificado actual. O pátio inferior, pelo contrário, tem menor acumulação de sedimentos e a cerca de 20 cm abaixo da calçada actual surge uma camada de argila vermelha que poderá corresponder ao substrato geológico, não se recolhendo materiais nos depósitos que a cobrem. Em nenhum destes dois espaços foram detectadas realidades e/ou materiais arqueológicos que indiciem uma ocupação anterior ao século XIX ¿ embora se recolham materiais cuja cronologia poderá eventualmente recuar à centúria anterior, mas são claramente de carácter residual - o que parece indicar que o edificado actual corresponde de facto à primeira ocupação humana mais intensiva. No exterior do conjunto actual a estratigrafia, bem como os materiais, indiciam dinâmicas de antropização diversas e cronologicamente anteriores. Observa-se uma diferenciação na estratigrafia, mais complexa, na medida em que foram atingidas cotas inferiores sem que se verifique a ocorrência das argilas vermelhas patentes na área adjacente. A comprovar-se que se trata do substrato geológico, será de equacionar um declive bastante acentuado do relevo natural, nivelado com aterros para a construção do aqueduto da Usseira. Para além dos materiais recolhidos sobre e abaixo da calçada [79] serem claramente os mais antigos do conjunto recuperado, também a camada superficial ofereceu exclusivamente faianças modernas. Com as devidas precauções, é de equacionar que os depósitos que cobrem a calçada sejam, também eles, cronologicamente anteriores à construção do edifício actual.
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Helena Marina Pereira Santos e Marco António Antunes Liberato
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